sábado, 23 de abril de 2011

Relento

De olhos fechados.
Deitado na rede do lado de fora.
De longe escuto aquela canção

Me faz lembrar você
em cada detalhe
em cada instante
em cada consoante
me recordo do instante

Em que você tocou minha pele
á maneira que olhava nos meus olhos
ainda escuto seu suspiros ardentes
ainda sinto sua respiração ofegante
dentro de meus ouvidos

Fácil dizer, afinal seu cheiro ainda está em meu corpo
tenho breve momento de lucidez
que me mata,
vejo seu rosto em todo canto
enquanto respiro, relembro seu encanto

Tento me levantar e seguir em frente

por um instante me esqueço de tudo
Porém, quando vejo o cinzeiro
com um cigarro borrado de baton
o gosto amargo de café
a aresta da porta aberta

Sinto um calafrio em meu corpo
simultaneamente lembro de você










Mera ilusão
pois
no instante em que
se levantou da cama
e fechou a porta,
sempre soube que não ia voltar.

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